sábado, 1 de outubro de 2011

Parabéns Rádio Cidade: 20 anos de Sucesso!




No dia 21/09/2011, estava em meu trabalho quando recebi uma mensagem via celular dando conta de que a Rádio Cidade de Sumé Pb comemorara aniversário naquela semana de setembro. Ainda tentei ligar para a emissora, em que trabalhei por nove anos, tentando parabenizá-la por sua missão bem sucedida na região, mas, não consegui finalizar o contato. Como estava muito atarefado naquele dia, acabei não insistindo mais a ligação. Logo, resolvi escrever esse post sobre os 20 anos de Rádio Cidade.  Essa emissora de uma presença marcante na comunidade sumeense e uma atuação e militância forte na comunicação da região do Cariri e parte do Pernambuco, também, sem igual. Lembro-me da  euforia que foi na cidade com a chegada da rádio na região em 1991. Em Sumé a maioria dos aparelhos de rádio estava ligados na frequencia 1270KHZ em uníssono som 24h por dia.  Eu sempre tive vontade de trabalhar nesse meio de comunicação, pois, desde sempre em minha residência ouvia-se bastante rádio. Recordo-me de um programa chamado "postal sonoro", acho que era de alguma rádio da cidade de Campina Grande, tinha também uma rádio Liberdade de Caruaru Pe, só para citar alguns, era sintonia certa, e eu na inocência pensava que os locutores ficavam dentro do aparelho conversando, literalmente. Aquilo era mágico! Então, quando chegou à rádio cidade em Sumé, eu, adolescente, morava na zona rural de Sumé (Sítio Agreste), e, dessa vez, lá em casa a sintonia era na novidade da época.  Já começava o dia ouvindo nosso amigo César Alexandre, em que me inspirei sempre (depois em que fui trabalhar com o próprio, foi bem legal), com o seu “acorda cidade”. Aliás, nessa época houve tantos programas legais na Rádio Cidade! Quem não se lembra da alegria contagiante e o talento de Brígida Xavier no “bom dia cidade”? E o romantismo na voz macia de Ana Paula no “amor sem fim”? Sem falar das histórias de amor contadas “no boa tarde cidade”, através do vozeirão potente de Jaqueline Oliveira, só para citar alguns...
Equipe da Rádio Cidade
Em minha opiniãoa rádio cidade, de uns tempos pra cá, sinto falta de uma programação que prenda mais a atenção do ouvinte como nos tempos de outrora. Saudosista, eu? Não sou não. Longe de mim. Na minha percepção de ouvinte e, modéstia parte, nessa área entendo um pouco, está faltando uma grade de programação organizada, chamativa e mais diversificada ao longo do dia. Um um espaço em que o ouvinte sinta-se identificado com aquele canal. É claro que há experiências bem sucedidas no decorrer da programação, não podemos negar. Agora, seria legal, também, que houvesse mais rodízio de locutores na apresentação dos programas. Como diz o ditado: tudo que é demais enjoa, não é? Tá na hora de mesclar um pouco mais, perder o medo e ousar...isso tudo, tenho certeza que a premiada radialista Jacqueline Oliveira , diretora operacional da emissora, sabe conduzir muito bem. E quem sabe até uma pesquisa de mercado ajudaria a nortear suas diretrizes administrativas operacionais, pelo menos é o que as empresas bem sucedidas realizam com regularidade em prol de resultados mais satisfatórios. leia aqui para saber o que diz o Diretor Geral da Rede Globo, Octávio Florisbal. Sabemos, perfeitamente, que uma rádio para sobreviver tem que lucrar, isso é fato, sobretudo, no interior onde as dificuldades financeiras são imensas para manter um empreendimento desse porte. Agora, dar para alinhar os programas arrendados em um horário específico, com um mínimo de padrão exigido, sem, no entanto comprometer a qualidade, nem tão pouco, quebrar o ritmo da programação da casa. Posso estar equivocado, mas essa é apenas a minha modéstia percepção de ouvinte) Evidentemente, que a rádio tem que se adequar as suas demandas e suas prioridades, isso é indiscutível.



O bogueiro entrevistando Governador Geraldo Alckmin 
Agora, não podemos esquecer o peso jornalístico e a prestação de serviços que é tônica da emissora o que, logicamente, tem ajudado a enaltecer e contribuído muito para o desenvolvimento regional. É nesse ponto que ela aposta e investe todas as fichas para fazer jus ao AM e na sua razão de existir. Vale ressaltar, também, que a Rádio Cidade chegou numa época em que não havia tantos meios de informação a disposição das pessoas na região em que está inserida. Nessa questão, a rádio em Sumé no início servia de ponte na difusão do conhecimento (por isso dá importância que deram, creio eu, em se ter em seu quadro funcional a época professoras, vide Brígida x Jacqueline), da informação e do entretenimento de grande parte dos seus ouvintes. Por essas e outras, que a rádio sempre teve um papel relevante na vida da maioria do seu público ouvinte. Não que hoje isso não esteja aconteçendo de fato, o que ocorre, porém, e que como tudo na vida muda, o Cariri não é diferente. Com advento de outras plataformas midiáticas (internet, rede solcial, tv etc), concorrência local (rádio alternativa fm), além de outras fontes de conhecimentos (universidades), a disposição das pessoas e tantas outras formas de dispersão, o rádio já não tem tanto peso na vida das pessoas como antes e acredito que a Rádio Cidade já percebeu essas mudanças, as quais o mundo passa e tem procurado implementar novas estratégias de mercado visando atrair cada vez mais o seu público ouvinte, novos anunciantes e, claro, continuar vivo na mente das pessoas e no seu meio. Do contrário, qualquer empreendimento, independente, do segmento em que atue se não acompanhar as mudanças, as quais o mundo passa, atualmente, vira um marasmo e morre. Morre mesmo. Levando-se em conta o ciclo de vida da empresa, na teoria de marketing: NASCIMENTO, CRESCIMENTO, MATURIDADE, DECLINIO E RENOVAÇÃO.
O blogueiro nos tempos de Rádio Cidade

Em 1999, depois de uma passagem relâmpago pela rádio alternativa FM de Sumé do empresário João Pereira, recebi uma proposta de “estágio” na rádio cidade para a vaga de vendedor de mídias e comerciais junto ao comercio local e, paralelamente, fazer reportagem de rua para os programas jornalísticos da casa. Até que em 2002 fui efetivado como Locutor entrevistador, na verdade, rádio do interior, é assim mesmo, a gente é contratado para uma função mais acaba fazendo de tudo um pouco, o que em termos de experiência profissional é bom, ganhamos e aprendemos muito com isso, se é bom ou não para o bolso, isso é outra história.  Fiquei na rádio cidade até maio de 2007 quando pedi desligamento da emissora por conta de outras prioridades, mas confesso que foi um período de muito aprendizado e de boas amizades que na medida do possível, as preservo até hoje. E fica aqui o meu registro sincero de gratidão a todos aqueles com os quais convivi e que confiaram em mim e no meu trabalho, pois apesar de minhas limitações, sempre procurei dar o meu melhor e fazer tudo com amor e dedicação.

Como diz a música, quem sabe faz a hora não espera acontecer, pois não tenho dúvidas que a rádio cidade com toda sua infraestrutura, competência e experiência sabe muito bem que a hora é de olhar pra frente, analisar o que de bom foi realizado na sua prestação de serviço ao longo desse período e verificar o que precisa ser melhorado. E dentro dos ciclos de vida de uma empresa citados acima, acredito que a rádio cidade se enquadra na fase MATURAÇÃO. É nesse estágio da vida em que as coisas estão tomando um rumo, muita água já rolou e as decisões a serem tomadas estão muito claras e definidas pelo seu corpo de dirigentes no ambiente em que atua. É notório que nesse caminho já houve muitos acertos e, consequentemente, os erros, também. Afinal, como diz a máxima, só não erra quem não trabalha. PARABÉNS EQUIPE RÁDIO CIDADE SUMÉ.