domingo, 30 de outubro de 2011

Quantos cegos serão precisos para fazer uma cegueira?



O título, acima, é uma frase extraída do livro  “O Ensaio sobre a cegueira", do escritor português, José Saramago. Porém, não é a respeito desse livro que pretendo abordar aqui, e sim, sobre o Enem, exame nacional do ensino médio, e suas falhas pontuais na execução do processo 2011, sob a ótica da grande imprensa brasileira. Eu, assim como milhões de estudantes no Brasil inteiro, já participei do Enem e sou testemunha do esforço dos envolvidos no exame, para que tudo saia em conformidade com seus objetivos propostos. E como disse a presidente, Dilma Rousseff, no programa semanal Café com a Presidente," a aplicação da prova é um esforço de grandes dimensões que ocorreu este ano em 1.602 cidades de todo o país. E mobilizaram 400 mil profissionais, entre professores, policiais, funcionários dos Correios e fiscais. “Tudo isso nos ajuda a democratizar o acesso à universidade”, concluiu.  Obviamente, que falhas pontuais tem ocorrido na execução do processo e precisam ser corrigidas, isso é fato. Agora, o que não podemos é demonizar o exame como um todo. E, sobretudo, devemos tomar muito cuidado com esse bombardeio de informações alienantes a respeito do Enem e sua aplicabilidade difundidas pela mídia, pois se não soubermos digeri-las corremos sérios riscos de nos tornamos “cegos”. Como é de conhecimento de todos, esse sistema foi criado em 1998 e já se consolidou como uma das maiores avaliações do gênero no mundo inteiro. Só para termos uma ideia de sua evolução nesse período, a 1ª edição contou com 157,2 mil inscritos e já na 13ª edição de 2011 teve seu maior recorde: 5.367.092, segundo dados no MEC. E sob a premissa de democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica, (com o Enem estudantes pode se inscrever em várias universidades do Brasil inteiro), e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio que o exame se efetiva. Em um português mais claro, fazer com que o pobre tenha acesso a universidade de qualquer lugar do Brasil. E de fato, isso tem acontecido na prática, pois como experiência própria posso testemunhar que tenho familiares e amigos que estudam em Universidades Federais graças ao Enem. Quem é o pobre que pode pagar altas taxas para se inscrever nos vestibulares em vários lugares no país ao mesmo tempo? Isso demanda tempo e dinheiro. Hoje para se inscrever no vestibular de uma Universidade Federal não sai por menos de R$ 100,00 a taxa de inscrição. Evidentemente que esse é um dos fatores que tem incomodado as empresas que vendem esse tipo de serviço, logo, perderam demanda. “Partindo desse princípio, é fácil perceber o  interesse escuso que há por trás desses discursos referente ao Enem mesmo se for com boas intenções” propagadas pela mídia. O neurocientista brasileiro, Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke e fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, disse que "só os donos de cursinhos e aqueles que não querem a democratização do acesso à universidade podem ter algo contra o Enem”.

Mas como em nosso sistema financeiro somos moldados pela indústria, como disse o escritor José Saramago, em uma de suas entrevistas em vida no ano de 2006, a democracia é uma realidade que não existe. Quem verdadeiramente manda são instituições que não têm nada de democráticas, como é o caso do Fundo Monetário Internacional, as fábricas de armas, as multinacionais farmacêuticas". Por exemplo, quem não se lembra de uma fraude que houve no Enem de 2009? Exemplares da prova foram roubados por uma gráfica da Folha de São Paulo, à época, detentora dos direitos de sua aplicação. A Justiça Federal já condenou quatro dos cinco envolvidos pelo vazamento do exame desse mesmo ano. Será que é por isso que portal UOL, provedor do grupo folha, dar tanto destaque negativo ao Enem? Só para se ter uma ideia, na última edição, no dia da prova a maioria dos portais eletrônicos davam uma abordagem positiva ao fato, sua quantidade inscritos etc, menos o site, em questão, que em sua manchete principal de capa o destaque referente ao Enem era bem negativo. Mas, como se diz, princípios editoriais não se discute, cada veículo tem os seus. E, como bem enfatizou deputado Luiz Couto (PT-PB) em reunião na câmara dos deputados, na prática, a “liberdade de empresa” prevalece sobre a liberdade de imprensa. Apesar dos contratempos, não podemos negar a grande importância dessa avalização para a educação brasielira, como bem lembrou a educadora Maria Helena Guimarães, docente afastada do Departamento de Ciências Políticas da UNICAMP e foi presidente do INEP de 1994 até 2002 no governo de Fernando Henrique Cardoso, são os avanços até agora obtidos, mesmo sabendo que ainda restam outros tantos desafios a enfrentar, a sua aplicação geraram muitos ganhos aos seus beneficiários nessa nova modalidade de avaliação. Ignorar essa contribuição no processo de avaliação na educação brasileira representaria um retrocesso incomensurável.

E aqui fica uma pergunta que li em algum lugar: o que a justiça do Ceará tem contra o Enem?



No Ar



Nesse sábado, 29/10, ouvi daqui de São Paulo o programa institucional da câmara de vereadores de Sumé Pb, minha cidade natal, pela primeira vez. O programa contou com a participação do vereador, Nego, levando sua mensagem à população local através da Rádio Cidade. Não sei como é sua atuação no legislativo sumeense, porém ao ouvi-lo, tive a impressão de um parlamentar sensato, sincero, entrosado com os problemas da comunidade e ciente do seu papel no legislativo sumeense. Gostei de sua fala.

domingo, 16 de outubro de 2011

Jogo de interesses



Lá de Sumé me vem à notícia de que o vereador Vicente Lourenço, com a indicação do Deputado Quintans, estaria pleiteando uma vaga de candidato a vice na chapa do atual prefeito da cidade, Doutor Neto, nas eleições municipais do próximo ano. Será mesmo? É esperar para ver.

Alguém, por gentileza, poderia me informar qual um PROJETO relevante que o nobre vereador apresentou a comunidade sumeense nessa legislatura na “Casa Cícero Soares”? Ou, talvez, um grande pronunciamento de repercussão local que o faz credenciar para disputa de tal vaga? Como estou distante da terrinha e, nem tão pouco, li nada nesse sentido ficaria muito grato se alguém refrescasse a minha memória. 
A propósito, determinadas alianças partidárias em prol de um projeto político visando o desenvolvimento da comunidade é sempre bem vinda e faz parte da democracia. Agora, em minha opinião, Sumé já deu um salto importante em desfazer, no passado, certos “compromissos políticos” que, na maioria das vezes, mais emperravam o andamento de suas demandas administrativas municipais do que mesmo favorecia.  Havia uma trava no meio de campo, além de haver o mito propagado aos quatro cantos de que o prefeito da cidade só estaria apto a agir e/ou desenvolver determinadas ações se estivesse alinhado com o mesmo pensamento do chamado seu “líder” maior. Por exemplo: com o fim da parceria, (Quintans x Neto), em Sumé estabeleceu-se um leque de oportunidades e possibilidades para ambas as partes conduzirem suas agendas políticas administrativas com mais autonomia e liberdade na tomada de decisões, favorecendo, também, a entrada de novos atores políticos na cidade, de modo que, isso ficou muito evidente para a comunidade e a população local pode fazer suas escolhas livre como deve prevalecer o jogo político no estado democrático de direito. Em outras palavras, Sumé só ganhou com isso. E quem é de lá sabe muito bem do que estou falando. Não estou aqui pondo lenha na fogueira, apenas emitindo minha percepção dos fatos ao longo desse período. Posso estar equivocado, por conta da distância, possa ser até que hoje o cenário político em Sumé esteja diferente, o que tenho minhas dúvidas. Mas, como em política partidária tudo pode acontecer, inclusive, nada.  O que não pode acontecer mesmo é a construção de uma aliança política, apenas, para satisfazer interesses individuais ou de determinados grupos em detrimento do interesse público. O povo sumeense já acumulou experiência de sobra para escolher qual caminho trilhar. 

Feliz dia do Professor

A todos os professores que passaram em minha vida e deram sua inestimável contribuição, meus sinceros agradecimentos!
Não ousarei citar nomes de nenhum deles para não cometer injustiças, pois, todos, de alguma forma, contribuíram com a minha formação.
Obrigado e parabéns pelo seu dia e por esse duro ofício que é a arte de ensinar.

domingo, 9 de outubro de 2011

Novo dia que Começa

(Foto: Paraíba boa)
É impressionante como ainda predomina, em parte dos paulistanos, uma imagem equivocada a respeito do nordeste e sua gente.

Generalizações como: “os nordestinos tem muitos filhos",  "vivem, apenas, com o salário da bolsa família" "que os paulistanos pagam muitos impostos para socorrê-los", "que são todos vagabundos” etc etc, são só algumas pérolas recorrentes que mais se ouve por aqui e que se não bastasse isso, são reverberados nas redes sociais como sendo verdades absolutas! O que mais me deixa indignado é o fato de que essas declarações tacanhas são expressas por pessoas que se acham a “última bolacha do pacote”! Perdoe-me a expressão, mas é assim que dá para classificar essa gente de visão maniqueísta e preconceituosa.  Vale salientar que essa visão míope parte de pessoas mal intencionadas, sem o mínimo conhecimento dos fatos, uma vez que, para justificar seus "argumentos" essas pessoas recorrem a mídia televisiva: “programa do Gugu”,- com seus quadros apelativos, “de volta pra minha terra”, por exemplo, servem de seus “parâmetros opinativos".   
Se pelo menos, essas pessoas soubessem que de acordo com as últimas projeções do banco central houve um crescimento na economia do nordeste em torno de 1,6% enquanto que o sudeste cresceu apenas 1,4%, não sairiam por aí bradando tanta asneira. Em outras palavras, esse crescimento significa mais investimentos do governo federal e o ingresso de empresas privadas na região. Já no sudeste houve um enfraquecimento da indústria. Não sou eu que estou afirmando, foram os últimos dados oficiais existentes no período. 
E não para por aí: de acordo com o instituto de pesquisa Data Popular, a região nordeste teve o maior crescimento da Classe C. Ou seja: três em cada 10 pessoas que ingressaram na nova classe média são nordestinas. 
E para finalizar, vale à pena destacar um outro estudo realizado em 2010 pela especialista em desenvolvimento regional, a economista e socióloga Tânia Bacelar (UFPE), intitulado "Para além do preconceito", segundo o qual, nos anos recentes houve uma dinamização na maioria dos segmentos produtivos do nordeste, fazendo com que a região fosse revisitada pelos empreendedores nacionais e internacionais com políticas sociais, política de reajuste real elevado do salário mínimo e a de ampliação significativa do crédito. Ainda segundo esse mesmo estudo, teve impacto muito positivo para o Nordeste o setor de serviços, que, liderou, junto com o Norte, as vendas no comercio varejista do país entre 2003 e 2009. Ou seja, o dinamismo do consumo atraiu investimentos para a região. As redes de supermercados, grandes magazines, indústrias alimentares e de bebidas, entre outros, expandiram sua presença no Nordeste ao mesmo tempo em que as pequenas e medias empresas locais ampliavam sua produção.

No campo educacional a política de ampliação das Universidades Federais e de expansão da rede de ensino profissional também atingiu favoravelmente o Nordeste, em especial cidades médias de seu interior. (Sumé, minha cidade natal, por exemplo, foi contemplada com um desses campus)

socióloga Tânia Bacelar enfatiza ainda que houve, também, uma Igualmente importante quebra do mito de que a agricultura familiar era inviável. Para ela, o PRONAF mais que sextuplicou seus investimentos entre 2002 e 2010 e outros programas e instrumentos de política foram criados ( seguro – safra , Programa de Compra de Alimentos, estimulo a compras locais pela Merenda Escolar, entre outros) e o recente Censo Agropecuário mostrou que a agropecuária de base familiar gera 3 em cada 4 empregos rurais do país e responde por quase 40% do valor da produção agrícola nacional. E o Nordeste se beneficiou muito desta política, segundo a especialista no assunto, pois abriga  43% da população economicamente ativa do setor agrícola brasileiro. 
Evidentemente, que há muito ainda o que se fazer em prol do desenvolvimento dessa região. Isso é fato! Agora, o que não dá é engolir calado comentários pífios de pessoas medíocres, preconceituosas e desinformadas sobre a região! Paciência tem limites, não é?

Com essas e outras só nos resta encerrar dizendo: Senhor perdoa-lhes, eles não sabem o que dizem!

sábado, 8 de outubro de 2011


Esteves Jobs: o revolucionário

A morte precoce de Estves Jobs foi o destaque da semana, sem sombra de dúvidas. Muita coisa foi dita a seu respeito. Se o calor da emoção serviu de inspiração para aflorar e consternar a intensidade dos relatos,não importa. O fato é que o criador da tecnologia digital inspirou pessoas de diversas faixas etárias no mundo inteiro através do seu império e do seu exemplo!  E qualquer coisa a mais que eu tentasse abordar aqui no blog além de redundante, seria muita pretensão de minha parte. Como não faço o tipo, resolvi relacionar alguns tópicos de tudo o que li, o que ouvi e o que julguei interessante para um líder de mercado e, por que não dizer, para uma pessoa humana poder conduzir a sua vida com o mínimo de excelência.

Eis, abaixo, o que li e o que ouvi...

= Steve Jobs, rival de Gates, recebeu ao morrer o tratamento de herói, no mundo todo!
= Mito de criação da revolução digital;
= O maior executivo de nossa época;
= Líder inovador e de uma boa visão de conjunto;
= Mestre em combinar ideias, arte e tecnologia; 
= Combinou o poder da poesia com processadores;
= Tinha sensibilidade para o design, o perfeccionismo e a imaginação;
= Produziu produtos transformadores, empresa duradoura e dotada de seu DNA;
= Sua personalidade estava entranhada nos produtos que ele criava;
= Olhava fixo para as pessoas e aperfeiçoou longos silêncios pontuados com tal intensidade que  estimulou uma visão binária do mundo;
= Um apaixonado pelo design;
= Suas paixões, o perfeccionismo, os demônios, os desejos, o talento artístico, o talento diabólico e a obsessão pelo controle estavam integralmente ligados a sua abordagem do negócio;
= O americano está sendo saudado justamente como um revolucionário genial que transformou o modo como comercializamos e consumimos cultura e tecnologia;
= Até hoje os produtos Apple são comercializados por terceiros no Brasil, já que a empresa americana não conseguiu um modelo de negócios viável na pátria do imposto alto e de ambiente de negócios precário;
= Para Steve Jobs, taxar tecnologia é taxar o conhecimento, a inovação, o futuro. É fechar as fronteiras;
= Uma figura humana que inspirava confiança na compra dos produtos da empresa;
= Para Jobs, a crença em uma abordagem integrada era uma questão de retidão. E ele disse: "Não fazemos essas coisas porque somos malucos por controle". "Nós as fazemos porque queremos fazer grandes produtos, porque nos preocupamos com o usuário e porque gostamos de assumir a responsabilidade por toda a experiência, ao invés fabricar a porcaria que outros fazem." Ele também acreditava que estava prestando um serviço às pessoas. "Elas estão ocupadas fazendo o que sabem fazer melhor e querem que façamos o que fazemos melhor. Suas vidas estão ocupadíssimas; elas têm mais coisas a fazer do que pensar em como integrar seus computadores e dispositivos.".
= "todo o mundo compra os produtos e usa os serviços da Apple com um sorriso no rosto". Se é verdade, o mundo precisa, sim, de heróis com essa qualidade.

Agora, dentre tudo o que li, destaco um artigo da folha.com em que mais me chamou atenção. Vale a pena ler.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Vc é Resiliente?

Li esse texto em algum lugar, não recordo o autor, gostei e resolvi postá-lo de forma resumida e adequada aqui no blog. Espero que vc, tb, goste!


Problemas são como bebês, só crescem se alimentados
A felicidade são grandes problemas bem administrados.
O segredo é contemplar as pequenas alegrias em vez de aguardar a grande felicidade.
Uma alegria destrói cem tristezas...
Vamos transformar desânimo em persistência, descrédito em esperança, obstáculos em oportunidades, tristeza em alegria.
Nós apreciamos o calor porque já sentimos o frio. Admiramos a luz porque já estivemos no escuro. Contemplamos a saúde porque já fomos enfermos. Podemos, pois, experimentar a felicidade porque já conhecemos a tristeza.


Olhe para o céu, agora! Se for dia, o sol brilha e aquece. Se for noite, a lua ilumina e abraça. E assim será novamente amanhã. E assim é feita a vida.


Leia aqui o artigo "cuidar do luto e das perdas" de Leonardo Boff.


sábado, 1 de outubro de 2011

Parabéns Rádio Cidade: 20 anos de Sucesso!




No dia 21/09/2011, estava em meu trabalho quando recebi uma mensagem via celular dando conta de que a Rádio Cidade de Sumé Pb comemorara aniversário naquela semana de setembro. Ainda tentei ligar para a emissora, em que trabalhei por nove anos, tentando parabenizá-la por sua missão bem sucedida na região, mas, não consegui finalizar o contato. Como estava muito atarefado naquele dia, acabei não insistindo mais a ligação. Logo, resolvi escrever esse post sobre os 20 anos de Rádio Cidade.  Essa emissora de uma presença marcante na comunidade sumeense e uma atuação e militância forte na comunicação da região do Cariri e parte do Pernambuco, também, sem igual. Lembro-me da  euforia que foi na cidade com a chegada da rádio na região em 1991. Em Sumé a maioria dos aparelhos de rádio estava ligados na frequencia 1270KHZ em uníssono som 24h por dia.  Eu sempre tive vontade de trabalhar nesse meio de comunicação, pois, desde sempre em minha residência ouvia-se bastante rádio. Recordo-me de um programa chamado "postal sonoro", acho que era de alguma rádio da cidade de Campina Grande, tinha também uma rádio Liberdade de Caruaru Pe, só para citar alguns, era sintonia certa, e eu na inocência pensava que os locutores ficavam dentro do aparelho conversando, literalmente. Aquilo era mágico! Então, quando chegou à rádio cidade em Sumé, eu, adolescente, morava na zona rural de Sumé (Sítio Agreste), e, dessa vez, lá em casa a sintonia era na novidade da época.  Já começava o dia ouvindo nosso amigo César Alexandre, em que me inspirei sempre (depois em que fui trabalhar com o próprio, foi bem legal), com o seu “acorda cidade”. Aliás, nessa época houve tantos programas legais na Rádio Cidade! Quem não se lembra da alegria contagiante e o talento de Brígida Xavier no “bom dia cidade”? E o romantismo na voz macia de Ana Paula no “amor sem fim”? Sem falar das histórias de amor contadas “no boa tarde cidade”, através do vozeirão potente de Jaqueline Oliveira, só para citar alguns...
Equipe da Rádio Cidade
Em minha opiniãoa rádio cidade, de uns tempos pra cá, sinto falta de uma programação que prenda mais a atenção do ouvinte como nos tempos de outrora. Saudosista, eu? Não sou não. Longe de mim. Na minha percepção de ouvinte e, modéstia parte, nessa área entendo um pouco, está faltando uma grade de programação organizada, chamativa e mais diversificada ao longo do dia. Um um espaço em que o ouvinte sinta-se identificado com aquele canal. É claro que há experiências bem sucedidas no decorrer da programação, não podemos negar. Agora, seria legal, também, que houvesse mais rodízio de locutores na apresentação dos programas. Como diz o ditado: tudo que é demais enjoa, não é? Tá na hora de mesclar um pouco mais, perder o medo e ousar...isso tudo, tenho certeza que a premiada radialista Jacqueline Oliveira , diretora operacional da emissora, sabe conduzir muito bem. E quem sabe até uma pesquisa de mercado ajudaria a nortear suas diretrizes administrativas operacionais, pelo menos é o que as empresas bem sucedidas realizam com regularidade em prol de resultados mais satisfatórios. leia aqui para saber o que diz o Diretor Geral da Rede Globo, Octávio Florisbal. Sabemos, perfeitamente, que uma rádio para sobreviver tem que lucrar, isso é fato, sobretudo, no interior onde as dificuldades financeiras são imensas para manter um empreendimento desse porte. Agora, dar para alinhar os programas arrendados em um horário específico, com um mínimo de padrão exigido, sem, no entanto comprometer a qualidade, nem tão pouco, quebrar o ritmo da programação da casa. Posso estar equivocado, mas essa é apenas a minha modéstia percepção de ouvinte) Evidentemente, que a rádio tem que se adequar as suas demandas e suas prioridades, isso é indiscutível.



O bogueiro entrevistando Governador Geraldo Alckmin 
Agora, não podemos esquecer o peso jornalístico e a prestação de serviços que é tônica da emissora o que, logicamente, tem ajudado a enaltecer e contribuído muito para o desenvolvimento regional. É nesse ponto que ela aposta e investe todas as fichas para fazer jus ao AM e na sua razão de existir. Vale ressaltar, também, que a Rádio Cidade chegou numa época em que não havia tantos meios de informação a disposição das pessoas na região em que está inserida. Nessa questão, a rádio em Sumé no início servia de ponte na difusão do conhecimento (por isso dá importância que deram, creio eu, em se ter em seu quadro funcional a época professoras, vide Brígida x Jacqueline), da informação e do entretenimento de grande parte dos seus ouvintes. Por essas e outras, que a rádio sempre teve um papel relevante na vida da maioria do seu público ouvinte. Não que hoje isso não esteja aconteçendo de fato, o que ocorre, porém, e que como tudo na vida muda, o Cariri não é diferente. Com advento de outras plataformas midiáticas (internet, rede solcial, tv etc), concorrência local (rádio alternativa fm), além de outras fontes de conhecimentos (universidades), a disposição das pessoas e tantas outras formas de dispersão, o rádio já não tem tanto peso na vida das pessoas como antes e acredito que a Rádio Cidade já percebeu essas mudanças, as quais o mundo passa e tem procurado implementar novas estratégias de mercado visando atrair cada vez mais o seu público ouvinte, novos anunciantes e, claro, continuar vivo na mente das pessoas e no seu meio. Do contrário, qualquer empreendimento, independente, do segmento em que atue se não acompanhar as mudanças, as quais o mundo passa, atualmente, vira um marasmo e morre. Morre mesmo. Levando-se em conta o ciclo de vida da empresa, na teoria de marketing: NASCIMENTO, CRESCIMENTO, MATURIDADE, DECLINIO E RENOVAÇÃO.
O blogueiro nos tempos de Rádio Cidade

Em 1999, depois de uma passagem relâmpago pela rádio alternativa FM de Sumé do empresário João Pereira, recebi uma proposta de “estágio” na rádio cidade para a vaga de vendedor de mídias e comerciais junto ao comercio local e, paralelamente, fazer reportagem de rua para os programas jornalísticos da casa. Até que em 2002 fui efetivado como Locutor entrevistador, na verdade, rádio do interior, é assim mesmo, a gente é contratado para uma função mais acaba fazendo de tudo um pouco, o que em termos de experiência profissional é bom, ganhamos e aprendemos muito com isso, se é bom ou não para o bolso, isso é outra história.  Fiquei na rádio cidade até maio de 2007 quando pedi desligamento da emissora por conta de outras prioridades, mas confesso que foi um período de muito aprendizado e de boas amizades que na medida do possível, as preservo até hoje. E fica aqui o meu registro sincero de gratidão a todos aqueles com os quais convivi e que confiaram em mim e no meu trabalho, pois apesar de minhas limitações, sempre procurei dar o meu melhor e fazer tudo com amor e dedicação.

Como diz a música, quem sabe faz a hora não espera acontecer, pois não tenho dúvidas que a rádio cidade com toda sua infraestrutura, competência e experiência sabe muito bem que a hora é de olhar pra frente, analisar o que de bom foi realizado na sua prestação de serviço ao longo desse período e verificar o que precisa ser melhorado. E dentro dos ciclos de vida de uma empresa citados acima, acredito que a rádio cidade se enquadra na fase MATURAÇÃO. É nesse estágio da vida em que as coisas estão tomando um rumo, muita água já rolou e as decisões a serem tomadas estão muito claras e definidas pelo seu corpo de dirigentes no ambiente em que atua. É notório que nesse caminho já houve muitos acertos e, consequentemente, os erros, também. Afinal, como diz a máxima, só não erra quem não trabalha. PARABÉNS EQUIPE RÁDIO CIDADE SUMÉ.